Descrição
Freud não atendia crianças, pois não acreditava que elas poderiam usufruir de um atendimento verdadeiramente psicanalítico. Em sua opinião crianças pequenas não desenvolveriam transferência com o analista, e não teriam capacidade cognitiva para fazer associações livres. Esses preconceitos duraram vários anos, até que uma mulher de fibra chamada Melanie Klein surgiu para revolucionar a técnica com crianças, criando a famosa Técnica do Brincar, e demonstrando que crianças pode ser atendidas nos mesmos moldes de adultos, bastando apenas substituir a associação livre pela ludoterapia (interpretação do brincar infantil). No presente curso veremos como Melanie Klein trabalhava e em que aspectos discordava de Freud e de Anna Freud, abrindo caminho para uma nova clínica. Sim, a clínica com crianças é um universo único e que possuí muitas características específicas, muitas delas abordadas no presente curso. Cheque o conteúdo programático para ver os temas abordados.
COM MATERIAL INCLUSO PARA SER BAIXADO
O curso ficará disponível por 6 meses a partir da data de compra.
Mariana Vieira Ligo
Professor(a)Psicóloga CRP 06/78912. Formada pela Universidade Estadual Paulista, UNESP Bauru. Especialista em psicoterapia psicanalítica pela USP SP. Ex-docente da Faculdade Anhanguera/Bauru. Docente do Instituto Brasileiro de Psicanálise. Fundadora da Livraria do Psicanalista. Coordenadora do Curso de Formação em Psicoterapia Psicanalítica do Instituto Brasileiro de Psicanálise.
Conteúdo Programático
Módulo 1
Tema:
Os princípios básicos da técnica kleiniana
de analisar crianças
O pequeno Hans e a
primeira análise de uma criança. Por que Freud não acreditava na análise de crianças?
A descoberta revolucionária da psicoterapia infantil por Melanie Klein. O
confronto de Melanie Klein com Anna Freud e com os freudianos e a criação da
técnica do brincar.
Os
princípios básicos da técnica kleiniana de analisar crianças:
·
Sobre se a psicanálise
de crianças é igual ou diferente da de adultos.
·
Sobre a técnica de
brincar como geradora de simbolismo.
·
Sobre a associação
livre na criança.
·
Sobre a transferência
negativa.
·
Sobre a neurose de
transferência.
·
Sobre o uso de métodos
pedagógicos e diretivos.
·
Sobre a imaturidade
mental das crianças.
·
Sobre a análise do
complexo de Édipo e sobre o Édipo como conceito.
·
Sobre a análise do
superego e sobre o superego como conceito.
·
Sobre a imparcialidade
do analista.
·
Sobre a análise da
transferência negativa.
Módulo 2
Tema:
Condições essenciais do psicoterapeuta
de crianças e de adolescentes
De que forma se dá a
formação de um psicanalista de crianças e adolescentes? Como ele deve ser e
quais são as características essenciais dele esperadas?
Principais
temas abordados:
· A psicanálise de crianças e adolescentes é igual ou diferente da de
adultos?
· Analisar crianças é mais fácil ou mais difícil do que analisar adultos?
· Quais são os três principais pilares para a formação de um analista e
por qual motivo são tão importantes?
· Quais os principais conhecimentos teóricos que um analista de crianças e
adolescentes deve ter e porquê?
· Qual o papel da supervisão clínica para o terapeuta infantil?
· Qual o papel da análise pessoal para a formação do analista?
· Algumas características peculiares da clínica de crianças e do analista
infantil, tais como:
o Trabalhar com o simbólico;
o Ter maior flexibilidade em relação a algumas regras.
o O trabalho com um campo estendido (família, escola, etc.).
Módulo 3
Tema:
Psicanálise de crianças: um terreno minado?
Por que a análise com
crianças é um terreno minado, cheio de armadilhas? Por que é fundamental que o
analista saiba que a análise de crianças é mais difícil do que a de adultos e
nem sempre o melhor caminho para iniciantes? De que forma, na análise de
crianças, a pessoa do analista está em jogo, uma vez que a turbulência
emocional se expressa na concretude da ação?
Principais
temas abordados:
·
O objeto psicanalítico como criação
humana.
·
O conceito de campo analítico.
·
Algumas especificidades da técnica
psicanalítica com crianças.
·
Peculiaridades da técnica psicanalítica
com crianças.
·
O Setting
analítico com crianças.
·
As transferências: com a criança, pais,
avós, etc.
·
O analista.
Módulo 4
Tema:
O lugar dos pais na análise de crianças
A terapia de crianças é
também de pais? Deve ser feita com os pais ou sem a participação deles? Qual o
lugar dos pais na análise de crianças?
Pequena
evolução da visão do papel dos pais na análise de crianças:
·
Primeiro momento: a época em que os pais
eram mantidos afastados do tratamento:
o
Os pais como invasores do setting.
o
A idealização do poder da análise de
crianças para provocar mudanças familiares.
o
A negação e evitação das transferências
paternas.
·
Segundo momento:
o
A imposição de uma preocupação com a
diversidade de transferências que circulam no espaço clínico do tratamento.
o
A participação mais frequente dos pais.
o
O trabalho com as resistências paternas:
ciúmes, dificuldades de pagamento, etc.
o
A não interpretação de conteúdos
relacionados aos pais no que diz respeito à condução da cura.
·
Terceiro momento:
o
A importância dos pais para a evolução do
tratamento infantil.
o
As ameaças sentidas pelos pais com a
melhora da criança.
o
A abertura de um espaço que acolha os
pais.
o
Incluir os pais não significa dar
conselhos educativos: a psicanálise não é uma experiência educativa.
Módulo 5
Tema:
A comunicação e a interpretação na clínica psicanalítica de crianças: o
simbolismo no brincar e no desenho.
Melanie Klein descobriu
que as crianças falavam ao brincar e ao desenhar. Como entender essa
comunicação? Como interpretá-la? Por que o brincar se assemelha ao sonhar? Qual
o papel do simbolismo na comunicação infantil e como “escutá-lo”?
Principais
temas abordados
·
A linguagem do brincar.
·
A diferença entre o brincar e o sonhar.
·
Crianças que não brincam.
·
A importância da escolha do brinquedo pela
criança.
·
Categorias do brincar:
o
O brincar espontâneo
o
O brincar de construção
o
O brincar estereotipado
o
A ausência do brincar
·
A função do brincar.
·
Simbolismo e equação simbólica
·
O jogo do rabisco de Winnicott
·
Algumas sugestões de interpretação do
simbolismo que emerge do brincar.
CONEXÃO DE INTERNET
Conexão de banda larga de 1Mbps ou superior.
SOFTWARE
- Windows XP, Vista ou superior com as atualizações mais recentes instaladas.
- Chrome, Firefox, Internet Explorer 11 ou superior
SEU COMPUTADOR
- Processador 2.0 GHz ou superior.
- Memória RAM 512 Mb para WIndows XP, 1Gb para Windows Vista ou superior.
- Placa de vídeo 128 Mb off-board ou on-board.
- HD com 10Gb livres.
- Monitor 800x600 pixels.
MOBILE
- Android 4.1 ou superior
- IOS 8 ou superior
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